segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012


Imobiliário segue construção e quer exceção para despedir mais

Reportagem sobre casas alterntivas
Imobiliário em crise
Alfredo Cunha
02/02/2012 | 16:37 | Dinheiro Vivo
As mediadoras imobiliárias querem ser reconhecidas como 'sector em reestruturação' de modo a "evitar o encerramento de um elevado número de empresas e a consequente criação de mais desemprego". O pedido é da associação do sector, a APEMIP, e foi entregue esta segunda-feira, por carta, ao primeiro-ministro, Passos Coelho. A associação tem a indicação de que será recebida ainda este mês para debater o assunto.
A missiva, a que o Dinheiro Vivo teve acesso, invoca a "real e grave situação do sector da construção e do imobiliário", sustentada pelas análises de mercado. E afirma que, entre janeiro de 2007 e dezembro de 2011, o número de empresas de mediação em atividade sofreu uma contração, acumulada, de 23,9%, o que correspondeu a "uma amputação de  cerca de mil empresas" num tecido empresarial "fortemente ancorado" em micro e pequenas empresas.

Quanto a postos de trabalho, o presidente da APEMIP, Luís Lima, que assina a carta, reconhece que, só entre 2008 e 2011, foram "lançados para o desemprego mais de 10 mil profissionais altamente especializados e com competências reforçadas", dada a elevada carga formativa a que foram sujeitos.
E se a situação do último quinquénio foi difícil, o ano passado não veio ajudar. "Só em 2011 mais de 625 empresas de mediação imobiliária encerraram a atividade ou solicitaram a suspensão da sua licença", refere a carta enviada para Pedro Passos Coelho, a que o Dinheiro Vivo teve acesso. Um "registo dramático", diz a associação, mas que "certamente será agravado em 2012, caso se mantenha o atual cenário de desaceleração económica e de negligência a que toda a fileira da construção parece ter sido votada".

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