Estes dados do recenseamento geral da habitação permitem concluir que há mais 1,8 milhões de alojamentos do que de famílias, e que cerca de um terço das casas estão desocipadas ou são usadas como segunda habitação. Em 2001 eram menos de 30%.
O ritmo de construção de imóveis acelerou sobretudo até à entrada do novo milénio, e produziu mudanças na relação das famílias com os bens imóveis, uma vez que aumentou o número de particulares com casa própria e também os que passaram a possuir uma segunda residência.
Toda esta evolução foi igualmente acompanhada "pela demonstração de sinais de saturação no mercados imobiliário", salienta o INE.
Apesar de a oferta de casas exceder largamente o número de famílias, em 2011 existiam ainda cerca de 11% de casas sobrelotadas, das quais 5% estavam associados à falta de três ou mais divisões. Dez anos antes a situação era mais problemática, já que nessa altura as casas sobrelotadas representavam 16%.
No extremo oposto, ou seja, nos casos de divisões em excesso, observou-se igualmente uma subida: em 2001 as casas sublotadas eram 19%, e no ano passado ascendiam a 24%. O INE apurou que um em cada quatro alojamentos familiares clássicos têm a dimensão adequado ao agregado que lá vive.
Casas novas
Dos 3,54 milhões de edifícios clássicos existentes em 2011, apenas 2% se encontravam muito degradados, enquanto 71% não apresentavam necessidade de serem alvo de qualquer reparação. Dez anos antes, 59% das casas estava em bom estado e sem necessidade de obras.
Os municípios de Mesão Frio e Tarouca (no Douro) são aqueles onde os Censos revelaram a existência de edifícios a necessitar de grandes reparações ou muito degradadados. Já Barrancos ostentava o meio número de imóveis em boas condições.
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